Roteiro para a cena
Personagens: Maysa Monjardim; André Matarazzo (marido); Iná Monjardim (mãe); Monja (pai); Jayme Monjardim (filho); amigos e amores.
Ação: Enfrentar a todos e a si mesmo perante a sua escolha por não separar a arte da vida.
Conflito: Ser artista X Ser a boa mulher de família para a época.
Clímax e desfecho: Dedica-se a carreira de cantora, mas sempre convivendo, em crise, com um vazio que acaba preenchendo-o com bebidas, remédios e escândalos.
Linguagem: Corpóreo-Vocal
Gênero: Tanztheater - Dança-Teatro
Atmosfera: Angustia e opressão que reverberam em uma explosão de paixão e vazio.
Elementos estruturais (épicos, dramáticos e/ou poéticos): Dramático, com diálogos calcados na linguagem corporal, não tendo um distanciamento e os personagens revelam-se.
Análise Actancial (Anne Ubersfeld):
Qual é a relação espectador: Aproximar o espectador colocando quase dentro da cena, fazendo-o sentir momentos de (em) e apatia pela personagem.
Tema principal: Uma mulher que escolhe a carreira artística como prioridade na sua vida, e posteriormente convivi com os conflitos, internos e externos, gerados por essa escolha.
Tema secundário: Evidenciar questões sobre a essência do ser humano, suas realizações pessoais, o descontentamento, seus conflitos internos, etc.
Qual é a história que vou mostrar?
A vida de Maysa Monjardim, uma cantora que marcou presença na música popular brasileira na década de 60, sustentada por quatro facetas: sua arte, o excesso do álcool, a mãe artista, e uma mulher à frente do seu tempo que fez suas escolhas e enfrentou as consequências.
Espaços:
Ensaios e apresentação: Tablado dos cursos de Dança-Teatro da UFPel.
O espaço cênico será um quadrado, com espectadores em todos os lados, tendo quatro corredores, sendo um em cada vértice, possibilitando as entradas e saídas dos atores, como também os aparatos técnicos, como iluminação, alguns elementos de cenário, etc.
O espaço dramático será construído a partir de poucos elementos que signifiquem o local de acordo com a apresentação dos quadros. Um quarto, uma sala, um bar, entre outros. De caráter surrealista e expressionista, onde o cenário reflete o estado psicológico das personagens.
Tempo:
Pretendo estabelecer um tempo de duração de 20 a 30 minutos para a cena, em função do curto período e das precárias condições que temos que trabalhar.
O tempo cronológico da história se passa em meados de 1950-60, sendo evidenciados através de alguns elementos de cenário, figurino, cabelos, acessórios.
Trilha:
Será construída juntamente com o músico que acompanhará todo o processo, utilizaremos o som como um forte elemento a reforçar as sensações evidenciadas através da atuação física dos atores. E também para trazer esse ambiente da música tão presente na vida da artista.
Elementos plásticos:
O figurino apresentará algumas características que remetam a época, mas a ideia é aparentar algo mais contemporâneo, assim como a maquiagem. Nada que se encaixe dentro de um padrão cotidiano.
Com relação à iluminação, considerando a precariedade dos recursos que o curso de Teatro da UFPel oferece...
Quadros:
1) Quem foi Maysa?
2) Conflito entre a vontade de ser uma cantora profissional, e a oposição da família.
3) A perseguição pela imprensa.
4) Uma mulher a frente do seu tempo.
5) Entrevista: Maysa x Maysa.
6) O abandono do filho.
7) O vazio.
8) A voz que nunca morreu.
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